terça-feira, 24 de julho de 2012
Mapa do sexo por tabela liga 288 adolescentes nos EUA
WASHINGTON (Reuters) - O primeiro "mapa" do comportamento sexual adolescente nos Estados Unidos reforça a velha idéia de que não fazemos sexo com uma só pessoa, mas sim, indiretamente, com todos os parceiros anteriores daquela pessoa, disseram pesquisadores na segunda-feira.
Eles montaram uma cadeia de 288 relações sexuais individuais em um colégio do Meio-Oeste dos EUA, o que significa que um adolescente no final da cadeia, mesmo tendo tido contato sexual com apenas uma pessoa, relacionou-se indiretamente com 286 outras.
Os sociólogos que conduziram o estudo se disseram surpresos com as conclusões da pesquisa, que revelam, a despeito da crença geral, que a maioria dos adolescentes estudados não adota um comportamento promíscuo.
"Da perspectiva de um estudante, uma cadeia grande como essa me deixaria pirado", disse o sociólogo James Moody, que comandou o estudo. "Eles poderiam saber que seu parceiro teve um parceiro anterior. Mas não pensam no fato de que esse parceiro teve um parceiro anterior, que teve um outro parceiro, e assim por diante".
Isso implica uma abordagem diferente na questão da educação contra doenças sexualmente transmissíveis, segundo a equipe da Universidade de Ohio.
Moody e seus colegas estudaram uma única escola, numa cidade não-identificada de porte médio. Os estudantes responderam a questionários anônimos sobre seu comportamento sexual.
Os pesquisadores concluíram que, a exemplo do que se verifica nessa faixa etária como um todo nos EUA, um pouco mais de metade dos estudantes já havia tido uma relação sexual.
Em um dos casos, 288 alunos estavam relacionados em uma cadeia de contatos sexuais que raramente voltava ao mesmo ponto. Em outras palavras, um menino fez sexo com uma menina, que fez sexo com outro menino, que se relacionou com outra menina, e assim por diante.
Segundo Moody, os jovens agem dessa forma de propósito. "Todas as evidências dessa rede sugerem que os garotos estavam muito cientes do padrão local e do histórico local de atividade sexual. As adolescentes sabiam que não iriam sair com o parceiro da namorada do ex-namorado. Isso é próximo demais".
Para ele, esse tipo de comportamento é comparável ao tabu do incesto. "Ele força as pessoas a encontrarem novos parceiros em vez de os reciclar".
De acordo com Moody, trata-se de um comportamento sexual muito diferente do observado em adultos. "Nos adultos, você terá os que são astros da NBA basquete, com milhares e milhares de parceiros".
No caso dos adultos, as campanhas contra as doenças sexualmente transmissíveis são dirigidas às pessoas muito ativas. Entre estudantes, aparentemente, todos eles devem ser informados.
"Os estudantes nessa rede não são atípicos. São apenas estudantes médios, e não sexualmente ativos ao extremo. Portanto, as políticas sociais que podem ajudá-los a se proteger das doenças sexualmente transmissíveis podem romper várias dessas cadeias que podem levar à difusão da doença", disse Moody.
"Qualquer coisa que limite isso e restrinja o fluxo de fluidos corporais entre as pessoas seria útil", acrescentou o pesquisador. Isso inclui orientação sobre o uso de preservativos, abstinência e outras abordagens, segundo ele.
Moody ressaltou que os resultados podem ser aplicáveis a outras cidades norte-americanas de porte médio, mas que provavelmente seriam diferentes em estudos realizados em colégios de grandes centros urbanos.
Reuters - 21:54 24/01/05
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